Boa Noite!!

Ando para escrever, quer aqui, quer no poeta, já há algumas semanas, contudo a falta de inspiração em que tenho andado mergulhado não mo tem permitido...

Lembrei-me de um texto que escrevi e que nunca cheguei a publicar, um texto sobre um fim-de-semana, sobre os meus últimos de férias, que espero que possa suprir a falta que as minhas histórias causaram na vossa vida. Espero que gostem


"Ando fatigado, tenho dormido pouco e não tenho parado...

Depois de uma semana repartida entre as férias no escritório, o trabalho na DGV e a praia da Caparica, vivi um dos fins-de-semana mais fatigantes da minha vida...

Sábado acordei cedo, por volta das 9h da manhã. Os meus pais partiam de férias e não podia deixar de me despedir. Já estou com saudades... já quase não vejo o chão do meu quarto, tal é a quantidade de roupa, toalhas, mochilas e calçado espalhada pelo chão. Despedi-me deles, e reparei-me para um dia cheio de actividade... Vesti a minha t-shirt de manga à cava laranja, aquela com a qual não me deixaram entrar no buffet do hotel duas semanas antes, vesti uns calções ranhosos e calcei os meus ténis do ténis.

Tinha combinado um joguinho com um tal de Pantas, tendo para o efeito reservado, no dia anterior, um campo no Clube de Ténis no Parque das Nações. Mas, havia ainda muita coisa a fazer, a inscrição no gym andava pendurada à cerca de três meses, altura em que decidi
muscular-me, e tinha ainda que passar na musgueira para deixar umas cenas em casa da minha irmã.

Saí de casa por volta das dez em direcção ao gym, foi o meu primeiro passo em direcção à minha futura active life. Cheguei, visitei, inscrevi-me, paguei e saí, outras missões teria que cumprir... Na musga, pouco tempo estive, o suficiente para experimentar um cafezinho tirado da mais recente aquisição do casal Franca, uma Nespresso, ou qualquer coisa do género.

Eram exactamente 11.45h quando eu, Luis Sampras Lopes, cheguei às imediações da casa do eu adversário desse dia, João Agassi Pantas, em Chelas. (musga, chelas... sou mesmo duro...). Depois de cerca de 45 minutos à espera, um pouco menos que o habitual, lá partimos em
direcção ao Court Central do Clube de Ténis do Parque das Nações, que por acaso nem era central.

Desta vez, a vitória escapou por pouco... apenas no tiebreak, e após muito suor e bolas duvidosas, foi descoberto o vencedor.

Após uma breve e saudável paragem para almoço no Mac, eu e o meu adversário, dirigimo-nos para o local combinado dois dias antes: O Guincho! um sítio ao mesmo tempo agradável, e bem frequentado, mas também muito ventoso e frio. Como primeiros a chegar (os outros ainda dormiam ou almoçavam) decidimos mudar a estratégia e dirigimo-nos para a casa do gordinho! Ele, como conhecedor da linha, saberia com certeza qual seria o próximo passo a dar. Piscina do condomínio dos seus avós. Ainda hoje não sei porque não nos convidou ele a dar um mergulho na sua própria piscina... lol.

A água estava fria, mas soube bem, foi a parte mais relaxante do fim-de-semana, deitado na relva a ler o expresso... ah, que bem que eu estava!! Entretanto, chegaram também as manas Teixeira e meu Toninaga! A Tânia?? estava com o carequinha, claro!

O jantar em casa dos avós do Alecsandro também correu bem, apesar da fraca qualidade dos ingredientes e até do atendimento no Mini-Preço da zona. Safou-se o vinho, Casaleiro, colheita de 2003. Que bela pinga!!!!

Após o jantar, e depois de um cafezinho tomado já em pleno centro do Estoril, fomos dar um passinho de dança, a um dos sítios mais badalados da noite de Lisboa e arredores, o Tamariz, onde eu e os meus acompanhantes fomos recebidos por uma porca da internet! Já lá dentro, iniciei uma busca desenfreada por um conhecido meu que supostamente estaria a trabalhar num dos bares e que poderia ser um potencial fornecedor de bebidas grátis, mas que nunca apareceu. Quem encontrei, mas com grande dificuldade, foi um anjo cujo telemóvel está sempre sem
bateria, habitual frequentador daquela ilustre casa.

Obrigaram-me a sair, dizendo que aquilo não era local para mim e que devia era ir para casa. Ao que eu acedi com prontidão. Cheguei a casa por volta das 7h da manhã, a tempo de ver os primeiros raios de sol que invadiram Palhais.

No Domingo, por volta das 8 horas da manhã, senti uma presença no meu quarto, era uma mulher... a minha irmã! Acordou-me, disse-me que me tinha de levantar, que o António, o meu cunhado, já estava à minha espera para irmos para o Paintball em Mafra.

Só eu, só mesmo eu é que depois de ter dormido apenas uma hora, não tendo descansado nem sequer um por cento de toda a fadiga causada por todos os acontecimentos do dia anterior, me desloco cerca de 50 km para levar com bolas de tinta na tromba, bolas essas que até chegam a
magoar, e para o que se tem de pagar uma pipa de massa.

Mas correu bem, apenas levei dois tiros, um dos quais deixou feridas profundas. Bom, a verdade é que no primeiro jogo, denominado Iraque, adormeci encostado a um bidon, enquanto me protegia de rajadas de milhares de balas de tinta que voavam na minha direcção. Só voltei a
acordar uma hora mais tarde, quando já num outro jogo, os nossos adversários, todos de origem sul-americana, me encontraram após terem morto todos os meus companheiros, e depois de andarem cerca de 40m à minha procura, tendo em vista a aniquilação total do grupo de rebeldes portugueses, num ambiente do faroeste!

Aproveito a oportunidade para dar os parabéns aos proprietários e aos arquitectos e engenheiros que projectaram o Mega Campo em Mafra. Está tudo perfeito, em campos como o Iraque e Faroeste até as temperaturas estavam ajustadas ao ambiente envolvente. Pensaram em tudo!

Voltei para casa e dormitei um pouco no sofá, durante a tarde, mas não o suficiente. Continuei fatigado, e foi fatigado que acordei na segunda-feira de manha para me dirigir para o trabalho, o primeiro dia de trabalho após as longas duas semanas de férias que gozei.

E nem após esse dia de trabalho descansei... mas isso fica para outro post"